segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sobre ficar mais velho

Muito embora eu quase não escreva sobre assuntos pessoais aqui, acho que dessa vez vale a pena.:



aniversário


aos 23 de Robb

chave lançada debaixo da porta. original quase cópia. aniversário com métodos de adolescente de 15 anos. na surdina. silencioso. ladino. nem mesmo os cães ladraram. é de estranhar que tudo esteja tão estranhamente estranho. o excesso não é redundante. quer aprimorar o sentido. gosto de gengibre na boca. tão superiores, forma & força, juntos nisso como em outros planos. tão detetivescos. um arma os alicerces. outro engendra a ficção. não nos restringimos ao roubo de copos (que nem roubamos neste hoje-ontem). com o garfo e a faca olhamos o bife. bifes não têm alma! aprendi a comer carnes. ele sempre comeu. as batidas descompassadas da espera. a música, a boa música, não veio, como não veio o belo sorriso. solitários em conjunto. duas velhas jogando truco e tomando dry martini. (nem isso). água. tanta água. tão saudáveis. tinhamos um ao outro. apenas. tinhamos os outros, aqueles dois no espelho duplicados. um sorriu e levou óculos. a troca de personagens. um nem sorriu e levou um puxão de cabelo. patológico. a noite feita jogo da velha. marque seu X que eu marco meu óh. a voz em sustenido dizia: fail. o abraço, os nossos, pelo menos eram sinceros e singelos (acredito). [...o estranho presente que eu não pude dar...]. mas se tudo era treva e mistério, entre a luzes coloridas dos holofotes, veio o sol. mas veio também greta e audrey. marilyn gemia ralo abaixo ou no olhar deitado na saída da escada. (onde está minha aspirina?). o mundo era incrivelmente feito de listras. dava até para pular amarelinha. o aniversário, todavia, ainda virá: 6h da tarde. em Paris? possivelmente. quando o sol sair, assim como saímos. andando ao som dos violinos e lembrando no acorde das dúvidas que dilaceram a carne, nas cicatrizes que o corpo não mostra, no peso lascerante das palavras. lembrando, com viço, de bem longe. um abraço apenas. um desejo em conjunto apenas. sem estrelas cadentes. a única estrela era o sol que insistia em brilhar. esperaremos a sorte no jogo de dados. com um sorriso matreiro de adolescente retirando a chave pôr debaixo da porta (a cópia no bolso). aniversário: nem houve, ainda. houve uma festa de nós dois por um amanhã: teu presente


Resposta

Após as 18h. Aos 23 de fato.

Um resumo perfeito de tudo. E de uma maneira que só você sabe contar. E que talvez, só eu saiba entender. Propositalmente, até. Duas velhas jogando truco e tomando dry martini. Explorando "o outro". Ou "os outros". E vendo que nem sempre eles valem a pena. Que nem sempre pessoas de listrado valem a pena. E que óculos são insistentes. Pra caralho, diga-se de passagem. Que existem sim pessoas espaçosas. E que elas incomodam. Ao cubo.
Porque toda a adrenalina do sair-de-casa-às-escuras é um revival da adolescência. Assim como as frases soltas pela rua. Ou o joguete de fim de noite. Onde todos buscam o prêmio. E saem perdendo porque não souberam jogar. Estratégia? #fail. Como sempre.
E porque a vida acontece em fila indiana. Pra entrar. Comprar ingresso. Comprar pulseira na fila que não serviu pra nada. Na fila que finalmente funcionou. E depois, no bar. Isso sem contar todas as outras. Ou melhor, uma única. Mas de todos os outros dias. Lugar de interação, observação, jogação. Por que não? A vida é um eterno aprendizado... Narcisa nos rende momentos ótimos. E concordaria comigo quando eu digo que não tenho nada a falar sobre o bife. Sobre aquele pedaço de carne retorcido e nervoso. Temos outras opções. Basta olhar para o lado. Esquerdo, nesse caso.
E quando olhar pro lado não é algo agradável pra se fazer? Esconde o rosto, vira de costas, esconde o perfil (mas sem deixar de fazer o requisito). Por que as pessoas tem tanta necessidade de se fazerem vistas? Mandar recado uma, duas vezes... "Espero te encontrar lá". Ah é? Pois eu não, gato. Desencanei. Não sei nem como deixei acontecer. Aquela foto não ornou. Listras brancas e pretas caem bem melhor. Ou então um sorriso lindo acompanhado daquela amiga do amigo no shopping, no domingo. E que eu só vejo no fim da festa. E que não me vê. E que não faz mal. Estamos aí. Continuamos aí. Como sempre.
Uma festa de nós dois por um amanhã. E por ontem. E pra sempre. Naquele sobradinho, naquela fumaça, naquele amontoado de mesas, no quinto andar. Ou em qualquer outro lugar onde o mundo gire e tudo se acabe em copos vazios que depois enfeitarão a prateleira da nossa sala de estar. Porque precisamos da lembrança material. Palpável. Para mostrar aos que nos rodeiam. A prova inegável de que toda aquela alegoria realmente existiu. Porque as lembranças ficam guardadas. Mas no futuro, podem não acreditar naquelas duas velhas jogando truco e tomando dry martini.

Postado por Robb' em 30 de Agosto de 2009, 19:11.



O post original está aqui: http://welstschemerz.blogspot.com/2009/08/aniversario.html

sábado, 29 de agosto de 2009

OMG!

Rihanna e sua cara de espanto diante da notícia da morte do DJ AM:


E a versão genérica:


E tire suas próprias conclusões.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Arte: #fail!

Visita de campo à área onde vai ser desenvolvido o Projeto desse semestre.
Você vai precisar de:

1) Um sol de rachar em plena manhã de inverno;
2) Uma câmera fotográfica;
3) Muita paciência pra fotografar N fachadas do jeito que o professor pediu;
4) Um professor chiliquento.

Misture tudo, adicione uma dose generosa de "eu não vou agredir o professor" e, com um pouco de sorte, tudo acabará bem.
Aproveite e se distraia no entorno do terreno com coisas desse tipo:

A fachada de uma clínica odontológica

Presta atenção no zoom:


Podia ser pior? Claro!
Imagina se fosse uma clínica de urologia...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Dedinhos

Vamos combinar:
Você cresceu. E a época de brincar com os dedinhos ficou pra trás.


Ou não.
Escuta a prova aí:




Mundo moderno manda beijos. hihi

domingo, 9 de agosto de 2009

Fortaleza Digital


Escrito em 1998, é o primeiro livro de Dan Brown, autor de sucessos como O Código Da Vinci e Anjos e Demônios, ambos posteriormente adaptados para o cinema.

NSA, a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos. É aqui que se desenvolve boa parte da história. É onde trabalham a bela criptógrafa Susan Fletcher, o comandante Trevor Strathmore, o agente dos SegSis Phil Chartrukian e o inconveniente Greg Hale.
Ali encontra-se o computador mais poderoso do mundo, o TRANSLTR, capar de quebrar códigos criptografados com uma rapidez incrível, o que faz dele a maior arma de defesa do banco de dados norte-americano. E é justamente esse ponto que Ensei Tankado, ex-funcionário da NSA, pretende atacar.

Assim como eles correm contra essa ameaça e contra o tempo dentro dos laboratórios, David Backer e Hulohot participam de uma caçada de gato e rato pela Espanha após a morte de Tankado.
Numa trama que se desenvolve dentro desse avançado centro de inteligência e pelas ruas estreitas de Sevilha, não há como ficar indiferente à tensão que ronda os personagens centrais.
A vaidade pessoal permeia todas as decisões. Mas será que todos eles falam a verdade?


Mistério, correria, tecnologia e muitas surpresas. Marcas registradas de Dan Brown. Assim como a existência de uma bela profissonal no centro dos acontecimentos. Se Susan surpreende por não ser tão jovem quanto Shophie Neveu ou Vitoria Vetra (ambas pesonagens dos livros anteriormente citados), David é mais novo - e inexperiente - que o personagem central dos outros livros, Robert Langdon.
Em uma análise comparativa com as outras obras de Brown, percebe-se nos livros mais recentes um grande amadurecimento em conteúdo e principalmente na capacidade de manter o leitor atento aos detalhes. O diferencial de Fortaleza é a ironia fina, quase debochada, mas sempre sutil, encaixada com perfeição nas lacunas ideais.
O livro é instigante e daria um filme interessante, porém para quem já leu seus sucessores, a sensação é de que faltou alguma coisa nesse aí.

sábado, 8 de agosto de 2009

Fight!

A filha sirigaita do seu Tião do boteco tá dando em cima do marido da Valdislene?
Vandercléia Berenice, aquela vizinha fofoqueira, encomendou umas tupperware do seu livrinho da AVON e não pagou?
Sua noiva, Carollynne, anda trocando o óleo com o Sivanildo, aquele mecânico da casa laranja (porque pobre adora uma casa laranja)?

O que essas três situações tem em comum? O barraco no final, obviamente.

Não é de hoje que a gente sabe que pobre adora barraco. E se tem uma coisa que pobre gosta mais que barraco, é ver novela. E se tem uma coisa que pobre gosta mais ainda, é ver barraco em novela. Ainda mais se for entre mulheres.
O segredo? É que rola toda uma identificação com o tema.

Claro que na TV, as coisas são mais bem produzidas, as envolvidas são sempre lindas, e até mesmo pra descer a porrada na inimiga, são classudas.
Como você pode ver nos vídeos abaixo, e depois comparar:

Melissa Cadori mandando ver na cara da Yvone, em Caminho das Índias:



Maria Clara Diniz mostrando toda sua ternura pela Laura, em Celebridade:




Não parece um remake?
Muito embora eu tenho adorado as duas, Laura Prudente da Costa will always be Laura Prudente da Costa, e reinará eternamente dentro de meu coração.

Beijo me liga quando sair a próxima!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Top 5

Depois de quase adandonar isso aqui de vez e muito tempo sem postar uma vírgula que fosse, ó: tem atualização pra quem ainda se dá ao trabalho de ler o que eu posto por aqui.

[ok, esta é a parte em que vocês fingem alegria, dão aquele sorriso forçado, erguem as mãozinhas a la Pica Pau descendo as Cataratas num barril e gritam: EEEE!!!]

Mas como eu ia dizendo...
Lembram daquele ditado "me diz com quem andas e eu te direi quem és"? Então, o post de hoje é mais ou menos sobre isso...
A gente conhece o nível da fonte de informação através dos rankings que eles publicam.


Max, Priscate e Francílios conseguem ser mais famosos que Carolina Dieckmann e Gisele juntas? Só no Ego mesmo.