sábado, 28 de fevereiro de 2009

O Leitor


The Reader, EUA e Alemanha - 2008


Indicado ao Oscar em cinco categorias: filme, direção, atriz (categoria na qual Kate Winslet realmente levou a estatueta), roteiro adaptado e fotografia. Preciso falar mais nada. Quer dizer, preciso sim.
Foi por isso que eu comecei o post, afinal.

Baseado no livro homônimo de 1995 do advogado e filósofo alemão Bernhard Schlink, o filme é marcado pela dureza. Dureza da personagem central, Hanna Schmitz (numa ótima interpretação que conseguiu, finalmente, quebrar a associção que eu sempre fiz entre a atriz e a Rose de Titanic), dureza dos fatos, e das consequências que surgem com eles. Ex-integrante das tropas nazistas que trabalharam em campos de concentração (ei! Eu disse que os fatos eram duros, não disse?), Hanna tem um comportamento seco, que aparentemente não sofre mudança alguma ao se envolver com um rapaz muito mais novo.

Neustadt, Alemanha, 1958. Michael Berg (vivido na adolescência por David Kross), o rapaz em questão, 15 anos, uma família conservadora (e de certa forma, esquisita), é exatamente o contrário. Sente-se atraído por Hanna desde que a conheceu, e ao longo do relacionamento de verão, entrega-se cada vez mais ao amor. A relação entre ambos é muito carnal, baseada mais em pele que em semelhanças. Porém, algo os une: o gosto pela leitura. Ou melhor dizendo, o gosto de Hanna em ouvir Michael ler qualquer coisa para ela. E quando eu digo qualquer coisa, eu realmente quero dizer isso. Eles vão desde Homero até A Dama com o Cahorrinho, ou até mesmo histórias em quadrinhos.

Como havia mencionado (e eu espero que você esteja prestando atenção), o romance dura apenas um verão. E ela some, sem maiores explicações, deixando o adolescente arrasado, coitadinho. O tempo passa, ele entra para a faculdade de direito, e, como parte de sua formação, vai acompanhar o julgamento de crimes ocorridos na Segunda Guerra. Lá, ele tem uma grande surpresa. E então entra em cena outro fator primordial ao deserolar dos fatos: a culpa. E a partir daí, o filme toma sentido. Michael descobre que há um segredo em jogo. Segredo pelo qual Hanna está disposta a sofrer em silêncio.

Se até então a história era morna, torna-se envolvente. Ocorre nova passagem de tempo, e Michael (agora adulto, interpretado por Ralph Fiennes) surpreende a todos com um gesto de extrema doçura e bondade, em uma das cenas mais tocantes do filme. Não mais que a tomada seguinte, onde a própria Hanna mostra a força de vontade que nem mesmo as camadas de dureza conseguem esconder. Se nem isso o emocionar até aqui, desista e vá ler a Lista de Schindler. Sério.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Oscar 2009


Ok, palmas pra Quem Quer ser Milionário (eleito o melhor filme do ano) e Kate Winslet (como melhor atriz), mas o motivo do post é outro.
Claro que todo mundo fica se coçando pra saber quem ganhou a estatueta do homenzinho dourado pelado. E, obviamente, querem saber quem estava lá, e além disso, o que usaram. E é por isso que eu tô aqui.
And the Oscar goes to...

Angelina Jolie, de Elie Saab, dispensa qualquer tipo de comentário. Pretinho básico will always be pretinho básico. Ainda mais nela. Porque até pelada ela fica bem.


Kate Winslet, de Atelier Saint Laurent by Stefano Pilati. Renda, brilho, assimetria (um pouco de ilusão de ótica da minha parte ou ela ficou gorda no vestido?) e uma estatueta. Strike!


Penélope Cruz, em um Pierre Balmain. Não que a cor do vestido favoreça o tom de pele dela. Mas quem sou eu pra criticar, não é?


Jennifer Aniston, de Valentino bordado. Confesso que prefiro que ela vista cores escuras. Vai bem com a palidez dela. E olha que de palidez eu entendo!


Anne Hathaway, de Armani Privé. Tá linda! Mas pra quem olha de longe, tá pelada! Ai gente, desculpa, mas eu tenho uma coisa muito séria contra mimetização do tom de pele com a roupa!


Amy Adams, de Carolina Herrera. Ok, você não sabe quem é Amy Adams. Eu também não! [pausa pra procurar no Google]. Ah, sim! Coadjuvante da Meryl Streep em "Dúvida". O que eu tenho a dizer? Tiranossauro Rex ligou e pediu a coleira de volta.


Beyoncé, de House of Deron. Embalada a vácuo. Se sorrir um pouco mais, o vestido explode.


Nicole Kidman com seu vestido L'Wren Scott. Duas observações: 1) mais uma que parecia pelada olhando de longe e 2) saudades disso.


Natalie Portman, de Rodarte. Simples, elegante a linda. Less is more! And she knows it!


Sarah Jessica Parker, de Dior. Muita saia, pouco corpete, muita saboneteira à mostra. Mas ainda assim, achei linda.


Jessica Biel, de Prada. Se bem que pra mim, mais parece uma Buddemeyer.


Halle Berry, de Marchesa. Taí uma que acertou as cores esse ano.


Heidi Klum, de Rouland Mouret. Assim, parece que ela se envolveu numa briga antes da festa e acabaram rasgando o vestido dela. Mas eu gosto da cor. E do cabelo. Mas acho o Seal perfeitamente dispensável.


Marisa Tomei, de Versace. Ou de origami. Pode escolher.


Miley Cirus, de Zuhair Murad. Falem o que quiserem, mas eu achei lindo. Meio over, ok. But gorgeous anyway. O vestido, não a cara dela.


Alicia Keys, mais uma de Armani Privé. Gostei da cor, do modelo, do tecido... Não discuto Armani porque, né? Precisa?


Vanessa Hudgens, de Marchesa. Elvira mandou lembranças, viu querida?


E pra fechar, Reese Witherspoon, de Rodarte. Sempre achei bem vestida, mas acho que esse pedaço de pano preto aí estragou tudo. Mas enfim, opinião pessoal.


domingo, 22 de fevereiro de 2009

Coerência, oi ?

Domingo, logo após a formação do paredão, no site do programa pela globo.com:


"Entenda o paredão" = Pegadinha do Mallandro?

Só pode.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Ranchinho

Já que a nova novela das oito consegue me confundir mais a cada dia que passa (mentira! Eu é que tenho preguiçazzzZZzzzz de ver neguinho na ponte aérea Rio-Mumbai com a facilidade de quem vai comprar pão na esquina... Mas vocês podem continuar a fingir que não sabem disso), bora falar da novela que acabou:

Quer conhecer de perto o rancho dos Fontini? Sempre quis saber se era maquete ou se esse trambolho em estilo Tudor realmente existe?


Pega um avião e se joga pra Argentina. O mausoléu em questão chama-se Estância Villa Maria e fica em Buenos Aires.

Que, vamos combinar, é muito mais acessível que a Índia.
João Emanuel Carneiro, 1 x Glória Pires, ops... Perez, 0.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Vale (?) a Pena Ver de Novo


Pa-ra-ra-uê-le-le-le-le-lê... Alá! Vai passar de novo!

De acordo com Deus, digo... com o Google, "Senhora do Destino foi uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo entre 28 de Junho de 2004 a 12 de Março de 2005."

Nada contra Nazaré Tedesco e sua escada, ou com a Anta Nordestina ou os Flageladinhos... Mas né?

Tudo o que eu precisava! Obrigadão mesmo, Rede Globo! Alzheimer tá batendo tão forte que eu nem lembro o que comi no café da manhã de hoje, então como poderia lembrar de uma novela que se passou há 4 anos?

Nessa mesma linha de raciocínio, vou mandar email pra eles e sugerir que a próxima seja A Favorita.
/nem lembro mais como canta beijinho doce.



Pra finalizar a sessão "deu a louca na cúpula da Globo", super acho lindo ver as chamadas dos últimos capítulos de Mulheres Apaixonadas com a vinheta de Laços de Família. Não encontrei o vídeo em questão, mas pra quem quiser tirar a prova, o mesmo ocorre nesse outro aqui.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Piada Interna



Se você
acha que eu falo demais aqui nesse Blog, agora também pode tomar sua dose diária de cultura, diversão e entretenimentozzZZzzz, em posts mais curtos (acho!) escritos por mim e por outros desocupad... digo, por gente muito bacana, clicando aqui.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

O Doce Veneno do Escorpião - O Livro



Ah, pois é, gente! Eu li!
Não é o que se dá pera chamar de livro de cabeceira de alguém, mas enfim... Aliás... Alguém até pode elegê-lo como seu livro de cabeceira, mas eu não tenho nada a ver com isso. Viva a liberdade de expressão, de impressão, da pouca roupa, de qualquer coisa. Se tem gente que se sente feliz dançando o créu, que seja feliz. Bem longe. Mas feliz.

Mas então. Eu vim aqui foi pra falar do livro. E sempre desvirtuo o assunto. Começo a achar que isso é DDA... Se bem que, se eu falar nisso, o assunto desvirtua ainda mais. E como eu sei que neguinho nem lê post grande demais, melhor parar por aqui.

Então, Robson. O livro! Pois é. Não que Bruna Surfistinha seja assim o próximo José de Alencar de saias. Ou sem nada, se acharem mais apropriado. Tá longe disso. Aliás, tá longe de ser até mesmo a próxima Galisteu, mas enfim. Parei.

O livro, como era de esperar, conta as histórias de uma garota de programa de família. Que largou a família pra dar tudo de si na profissão. Literalmente. Em detalhes. E com direito a tabela de desempenho. O que é a parte mais legal de todo o livro. Que nem é tão grande assim. Mas também nem dava pra egixir demais... Ela devia estar ocupada demais fazendo outras coisas.

Longe de ser chocante ou best-seller, o livro não chega a ser repulsivo. Quer dizer, para alguns padrões, pelo menos. Não conta nada que você já não tenha ouvido no vestiário da academia, em fim de festa, em papo de bêbado ou qualquer outro lugar onde possam haver troca de confidências. Se você tiver o cuidado de esconder a capa do livro quando a vovó chegar, tá tudo bem. Esconde ele debaixo da revista que ela assina. Não tem erro. Só não deixa ela ler, hein? Senão, ela pode se assanhar. E o resultado pode ser esse aqui.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

O Diabo Veste Prada - O Livro


Depois de ver o filme umas 4 vezes, achei que tava na hora de ler o livro. Ok, vou ser sincero. Na verdade não achei nada. O livro simplesmente caiu nas minhas mãos e eu tomei isso como um sinal divino de que ele deveria ser lido.

Assim como nos filmes, me deu na telha comentar aqui o que eu achei de cada livro que ler. Se você, espertinho, procura uma crítica decente, que realmente valha a pena, so sorry. Deu com os burros n'água. Porque né? O blog é meu, e eu faço nele o que eu quiser. Aliás, se você realmente é um cara esperto, já deve ter percebido isso. E a essa hora deve ter voltado a assistir o programa do Silvio Santos, porque é algo muito mais interessante. Pra você, of course!
Mas aproveita a dica, que é de gra-ça: hoje é domingo e tem VEJA nova chegando pra quem é assinante. Eles sempre dão pitaco sobre o que você, pessoa super in, deveria ler. Vai lá, vai.

Mas enfim... vamo lá antes que eu desvirtue o motivo do post mais uma vez e desista dessa bagaça aqui...

O livro conta a mesma história que foi levada pras telas de cinema, mas muita coisa é diferente. Ou seja, tecnicamente, não é a mesma história do filme. Mas quem se importa? Afinal, que diferença faz a autora dizer que Andy era loirinha? Eu sempre vou lembrar da lata da Anne Hathaway, mesmo. As tarefas que Miranda pede são as mais esdrúxulas sim. Tem a procura pelo livro do Harry Potter para as gêmeas, tem a historinha do temporal na Flórida que impede que Miranda retorne a Nova York, e tem também a recepção em que Andy decora os nomes e rostos de todos os convidados. Não é exatamente como no filme, mas tá lá. Acontece também.
O livro mostra muita coisa que o filme deixou de fora. Andy tem uma companheira de apartamento, um segurança no Elias Clark que vive pegando no seu pé, uma irmã casada, um sobrinho pequeno e um namorado bem mais compreensivo.

Pra quem não viu o filme, dá pra entender direitinho. Pra quem viu, é um complemento. Como se fosse o diário da personagem. Da própria Lauren Weisberger, na verdade. A assistente pessoal de Anna Wintour, a toda-poderosa editora-chefe da revista Vogue americana. A narrativa é pessoal, e assim como a personagem central, você também sente vontade de mandar Miranda pro raio que a parta a cada nova página. E como não poderia deixar de ser, já que o livro é diferente do filme... O final também é! Não tão diferente assim... Mas bem mais divertido!

That's all!